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Adios muchacho


Bye bye Brasil...

aiaiai... o presidente Kirchener aprontou a mesma de novo: veio pra reuniao e saiu mais cedo. Outro dia eu tava converando com uma amiga minha aregtina a Patricia, e chegamos a conclusao de que o problema eh que a Argentina ja foi o pais mais rico, chique, culto, desenvolvido, turbinado e graduado da America Latina. Deacaiu foremente e agora eh segundo lugar isolado na Aemrica do Sul e terceiro na Latina. Isso faz com que o moral nacional dos argentinos fique la embaixo, vendo os "macacos" brasileiros tomando a lideranca. Ou seja, pura dor de cotovelo dos italianos que falam espanhol, moram na america e pensam que sao ingleses...

Mas por outro lado, seo Brasil quer mesmo conquistar a cooperacao dos vizinhos, nao pode continuar posando d elider... he preciso fazer como a smulheres fazem conosco: elas fazem a gent emorrer jurando que ta mandando e decidindo tudo... ma sno fundo sao elas que definem as coisas... Mas essa administracao nao tem sido exatamente a mais habilidosa em politica externa de uma jeito ou d eoutro... uma pena...

Bye bye Kirchner... volte pra seu pais desgovernado... com certeza a Argentina precisa de toda atencao que puder conseguir....



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Novos links

Duas paixoes.

Uma nova outra antiga.

iPod e a poesia de Chico.

Espero que curtam.



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olhar para o passado esclarece o futuro

Hoje eu posto uma artigo de Miram Leitao que li na pagina de O Globo. Eu acho que ela ta certa. Os avancos do Brasil nao forma poucos, e se nosso pais nao cresce aos 10% ao ano da China, pleo menos nos nao precisamos matar nossas filhas meninas para podermos ter um menino...



Olhai para o tempo,
e para as curvas do caminho do Brasil


Em uma mesma semana, O GLOBO me pediu para olhar 80 anos para trás e uns 20 anos para a frente. O desafio de ver um século é duplo: escrever um artigo sobre os 80 anos do jornal e participar da reunião interna para pensar a economia dos próximos anos e décadas.

A vantagem é que, olhar para o passado, esclarece o futuro. Quando saiu o primeiro número do jornal, o Brasil era um país no qual, racionalmente, aquele empreendimento não daria certo. E deu. A notícia é essa.

Pequeno entre as nações, menor que a Argentina daquele período, em recessão e em estado de sítio, o Brasil era um país no qual não era aconselhável abrir uma nova empresa. Principalmente, neste ramo. A maioria da população brasileira de 30 milhões de habitantes morava no campo. Os brasileiros viviam, em média, 33 anos e tinham uma taxa de analfabetismo de 65%. Daqueles 35% que supostamente sabiam ler, poucos tinham real capacidade de leitura e o produto lançado exigia que o consumidor soubesse ler; e gostasse.

Isso sempre me espantou no jornal no qual trabalho há 14 anos: sua capacidade de superar dificuldades que qualquer consultor consideraria insuperáveis como, por exemplo, a morte do fundador menos de um mês depois de lançado o empreendimento, deixando o futuro da empresa nas mãos de um jovem inexperiente. Um especialista diria que essa empresa não prosperaria. Hoje O GLOBO, aos 80 anos, está com olhos no futuro; no centenário.

A história do jornal ajuda a pôr em perspectiva a profunda crise política atual. Ela é grave, o momento é doloroso, mas o país seguirá em frente construindo seu caminho. Não tão rapidamente como gostaríamos; não tão devagar quanto tememos em momentos de aflição como agora. Com chances reais de dar um salto; com riscos nada desprezíveis.

Nos últimos 14 anos, vi, da janela deste jornal, um impeachment; um plano econômico que trocou a moeda e rompeu com o passado inflacionário; quatro crises externas; duas crises de confiança com disparadas do dólar; uma crise bancária que fechou 31 bancos, três deles na lista dos dez maiores; privatizações de símbolos nacionais como Vale, CSN e Telebrás; várias CPIs.

Aqui dentro, nestes últimos anos, o telefone deixou de ser disputado como produto valioso e hoje se espalha pela redação tendo que competir com os celulares, nos quais o toque é até mais freqüente. O fax, que já foi artigo de luxo, atualmente é desprezado pelos arquivos anexados às mensagens. Retrato do que acontece lá fora, no Brasil, onde em 10 anos o número de lares com telefone pulou de 19% para 62%.

No começo da década de 90, o país tinha 18% de crianças fora da escola e esse assunto não freqüentava as preocupações dos jornalistas de economia. De lá para cá, o social nos invadiu num jornalismo mais inteligente que sabe que a economia não é um anódino amontoado de indicadores e números, mas parte viva de um país. Hoje um repórter da área sabe que ter conseguido levar as crianças para a escola é tão decisivo para o país quanto a Formação Bruta de Capital Fixo, ou seja, a taxa de investimento.

As mudanças aconteceram dentro do jornal e fora dele. Um turbilhão ininterrupto de transformações que nos desafia. Vivemos de relatar os fatos e eles foram incessantes nos últimos 80 anos, em que a História do Brasil se acelerou.

Dentro do jornal, o tempo passou depressa também nesta quase década e meia que estou aqui. Mergulhamos na era digital, no jornalismo multimídia, na informação on-line, instantânea. Caíram os muros das editorias, não há mais fatos apenas econômicos ou só políticos. Hoje, como ensinou Drummond: o tempo é nossa matéria. O que passou e o que virá.

*Miriam Leitão é colunista do GLOBO



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Carta aos alunos

Queridos leitores (sera que ainda os tenho depois de tanto tempo?), me respondam uma coisa: Se voce quiserem mandar uma carta para um amigo, voces mandam pra quem?

(a) Para um outro amigo.
(b) Para os pais do amigo.
(c) Para o Procurador Geral da Republica?
(d) N.D.A.

Resposta certa: (d) N.D.A. ! Ora bolas! Se a gente quer mandar uma carta a um amigo, a gente manda pra esse amigo! Nao seria tolice eu mandar uma carta para minha amiga Patricia que comece assim: "Querida Amanda"????

Pois eh... tolice. Tolice pura. Ou esperteza... E se eu quiser, na verdade, mandar uma recado a Amanda, sem assumir a responsabilidade de dizer-lhe coisas que Amanda talvez nao queira ouvir? Na certeza que Patricia contara tudo para Amanda...

A professora Doutora da USP, filosofa Marilena Chaui, fez isso: mandou uma carta para a sociedade brasileira mas a iniciou assim: "Prezados alunos". OU entao ela se acha a professora do Brasil inteiro.

Eu li a integra da carta e me espantei com algumas espertezas da professora. Ha anos que ela participa do debate politico do Brasil, sempre foi considerada uma das maiores inteligencias brasieliras, uma excelente professora de filosofia, uma intelectual que sempre buscou a ponte entre a teoria da academia e a pratica da vivencia politica do pais. Mas nos ultimos tempos, a professora Marilena esta dancando muito... uma danca complexa e dificil... um verdadeiro sapateado para evitar os tiros que estao sendo dados em seus pes.

Nao apenas seus proprios pes, mas os pes de seu alter-ego, de sua religiao: O PT.

Este partido, que esta de pes furados com os recentes escandalos, os quais voces que estao no Brasil conhecem melhor do que eu, esta em defesa... tentando se recompor depois das porradas que nao cessam, e procurando sobreviver. As tentativas, pateticas que sejam, como a recente eleicao interna e a ausencia do "Presidente de Honra" do Partido e da Republica, ou mesmo uma (ai meu Deus!) tentatica de conseguir a presidencia da Camara! Ninguem tem mais nocao de decencia meu Deus!!!!) mostram que a intituicao PT esta buscando sobreviver.... posso nao desejar isso, mas pelo menos reconheco o direito a vida, ate o ponto em que for possivel mante-la.

Mas voltemos ao sapateado da Professora: Ela se declara calada. Diz que nao vai falar. Eu concordo: em boca fechada nao entra mosca. Mas ela falou! Abriu a boca, e nao entraram, mas sairam muitas moscas... muitas mesmo. No "um-dois tres" para escapar das balas atiradas contra seus pes de barro podemos acompanhar os passos:

UM:

"Na sociedade capitalista, os meios de comunicação são empresas privadas e, portanto, pertencem ao espaço privado dos interesses de mercado; por conseguinte, não são propícios à esfera pública das opiniões, colocando para os cidadãos, em geral, e para os intelectuais, em particular, uma verdadeira aporia, pois operam como meio de acesso à esfera pública, mas esse meio é regido por imperativos privados. Em outras palavras, estamos diante de um campo público de direitos regido por campos de interesses privados. E estes sempre ganham a parada."

Estou enganado ou Marilena Chaui acabou de dizer que a imprensa eh tendenciosa? Acho que ela disse isso sim... E ela esta certa! Nem mesom Jeova consegue ser absolutamente neutro! Ele eh justo, mas neutro nao! Neutralidade eh inexistencia! Se eu existo na sociedade, no mundo, eu tenho necessariamente uma posicao nesse mundo, nessa sociedade. Todas as minhas atitudes, opinioes, julgamentos, reacoes e acoes serao influenciadas pela minha posicao no mundo! A Sociedade eh (queiram os comunistas anacronicos ou nao!) formada de individuos, de particulares. Eu sou um deles, e meus interesses sao meus. Minhas opinioes sao decorrentes de meus interesses, e por isso ha pessoas que nao concordam comigo, pois meus interesses quase nunca coincidem com os dos soutros--afinal somos individuos diferentes.

Mas nao apenas individuos: Somos tambem grupos. Os grupos privados sao sim privados. A imprensa brasileira eh parcialmente constituida de grupos privados. Mas aqui se aprofunda meu espanto coma carta da Professora: Ela, uma das principais teoricas da Democracia na academia brasielira da atualidade, me vem com essa afirmacao de que o falar de grupos privados nao eh adequado ao debate democratico? Fiquei de queixo caido com essa. Entao ha grupos ou mesmo classes na sociedade democratica que nao tem o direito de se expresar? Ha expressao de opiniao ruim? Eu achava que a gente podia discordar do que o outro dizia mas deveria defender o direito do outro de dize-lo...

Entao, os grupos privados que sao donos da Editora Abril (que publica Veja) nao tem o direito de se expressar? Mas esse eh apenas o "um" do "um-dois-tres" da professora.

O DOIS eh o detalhe basico que a imprensa brasileira nao se restirnge apenas aos jornais: Ha uma imprensa Estatal, que mostra a visao do Governo ( que no momento eh definida pelas diretrizes do PT, de acordo com a decisao democratica do pais). Quem tenta ouvir radio no Brasil entre as sete e oito da noite sabe do que estou falando. Ha a TVE, e a TV Cultura canais pagos por impostos, que mostram as coisas sob a logica do Governo, que no momento esta nas maos do PT, mostrando as coisas pela otica do PT, com a autorizacao do Povo que eh quem paga, via impostos, a difusaod a imprensa oficial. Ve quem quer. Ha jornais "do contra", que sempre falarao mal do governos, seja de direita seja de esquerda. Ha ate os "Jornais Pequenos"....

Ha os blogs, tambem ha os maulcos que sobem na lixeira da Praca Deodoro e que proclamam o fim do mundo e a danacao eterna dos pecadores. Ouve quem quer. Todos tem o direito de falar.

E todos tem o direito de nao ouvir.

Eh a midia mainstream mais ouvida do que os outros? Qual o problema? Alguem vai ser sempre mais ouvido do que os outros. Questao de escolha. Aqui chegamos no "tres":
"Vocês sabem que, entre os princípios que norteiam a vida democrática, o direito à informação é um dos mais fundamentais. De fato, na medida em que a democracia afirma a igualdade política dos cidadãos, afirma por isso mesmo que todos são igualmente competentes em política. Ora, essa competência cidadã depende da qualidade da informação cuja ausência nos torna politicamente incompetentes. "

Sao entao os cidadaos brasileiros bombardeados por uma "imprensa inadequada", financiada por grupos privados, portanto a informacao que os mesmos recebem tambem eh inadequada, deixando-os incapazes, ou nas palavras da Professora, incompetentes para a vida politica. TRES!!! Esta completo o passo! Os cidadaos sao incompetentes! O povo Brasieliro eh incompetente para tomar decisoes sabias pois esta alimentado e intoxicado por esta imprensa contaminada por interesses privados!

Mas como em todo sapateado do desespero, a professora caiu. Nao foi o proprio Povo Braisleiro que elegeu o PT? (eu admito, votei no Lula... ainda bem que nao estamos mais no tempos do impeachement do Collor, quando nao se encontrava ninguem que tivesse votado nele....). Eu votei nele, em parte pelo que vi e li na imprensa. Em parte pelo que aprendi estudando, em parte pelo que percebi conversando com outras pessoas ao longo do anos e vivendo no Brasil.

Nao Professora, a imprensa nao eh minha unica fonte de informacao. E mesmo dentro da imprensa, eu nao me limito a um veiculo apenas, pois na minha "incompetencia politica" eu sou consciente que um veiculo mostra a visao de um grupo apenas. Para uma visao mais completa, busco ver as coisas de varios lados...

E aqui chegamos no tombo! Na contradicao final: A professora disse que:

"Vendo algumas sessões das CPIs e noticiários de televisão, ouvindo as rádios e lendo jornais, dava-me conta do bombardeio de notícias desencontradas, que não permitiam formar um quadro de referência mínimo para emitir algum juízo. Além disso, pouco a pouco, tornava-se claro não só que as notícias eram desencontradas, mas que também eram apresentadas como surpresas diárias: o que se imaginava saber na véspera era desmentido no dia seguinte. "

Sim professora, as noticias sao desencontradas... Por que? Porque a senhora esta certissima, a imprensa eh parte de grupos com interesse privados. Cada grupo com seu interesse! Eh papel de cada grupo se manifestar, e obrigacao de qualquer cidadao consciente de observar as varias faces do complexo social e achar sua visao, apartir das varias "impressoes" (notar o trocadilho entre impressao-percepcao e impressao-registro impresso).

Se a midia nos mostra tantas informacoes desencontradas e contraditorias eh simplesmente porque asociedade eh assim: desencontrada e contraditoria, eu acho muito bom que a informacao nos chege desse jeito: Pois assim sabemos que varias vozes estao falando. E cabe a mim decidir o que eu considero valido ou nao. Sim, varias vozes estao falando, inclusive a sua professora, mesmo que grite tao alto: "NAO FALO"

Caiu...

Professora, para entrar no baile, a gente tem que saber que os outros tambem sabem dancar...

E reparem meus leitores, eu escrevi este post pra voces ou para a professora?

integra da carta de Marilena Chaui a seus alunos




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MInhas desculpas

Hoje quero comecar pedindo desculpas a todos voces pelo post anterior. Niguem merece ser exposto a meu deprimente "talento poetico". Eu ia comecar a escrever o post sobre Macau, mas quando comecei a pensar naquele lugar, me veio uma tristeza, uma angustia, um sofrimento fino, mas doce, como aquela coceirinha de bicho de pe (eu tive bicho de pe, e muito, brincando nos areais do Vinhais....).


A verde eh de Macau, a vermelha da China

Macau teve uma historia parecida com Hong Kong. Uma cidade colonizada por europeus como entreposto de comercio com a China. A China era impossivel de conquistar inteira e os custos da conquista eram altos demais. Por isso os Portugueses decidiram que era melhor (e na verdade apenas possivel) manter apenas um pedacinho de terra para ter acesso ao riquissimo comercio chines.



Macau consegue ser ainda menor do que Hong Kong. Eh tao pequenininha que tem mais ou menos o tamanho do Centro Historico de Sao Luis, pra voces terem uma ideia. Foi devolvida a China em 1999 mas, assim como Hong Kong, mantem uma autonomia administrativa imensa, podendo manter sua propria moeda, tem seus governantes eleitos por voto direto (a China nao eh democratica...) e os demais chineses precisam apresentar passaporte para visitar a cidade.


Santa Casa da MIsericordia, Matthew e eu

Macau eh bem rica, mas nao se compara com Hong Kong. Na verdade, Macau eh a desconhecida prima pobre de Hong Kong. A viagem entre os dois territorios dura apenas uma hora nos maravilhosos ferries Turbo Jet, eles tem turbina Boeing, e vao tao rapido que o casco se levanta, indo o ferry elevado, sobre Esquis, muito massa.


O ferry que me levou de Hong Kong a Macau

A minha maior vontade ao visitar Macau era que eu nunca havia estado em qualquer outro lugar que tivesse sido colonizado por portugueses, alem do Brasil. Morro de vontade de visitar Mocambique e Angola, mas ainda nao deu. Logo que chegeuei tive o primeiro impacto: a fila da alfandega estava imensaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Eram 8 guiches para residentes de Macau, e nao havia fila. Para os demais passaportes, havia uma fila quilometrica e apenas tres guiches. Para os pobres chineses a fila era amior ainda e apenas dois guches! Isso me lembrou fila de banco no Brasil....hehehehe.....

Esse foi o trauma numero 01



Passado o sufoco da alfandega, tava morto de ovontade de ir ao banheiro, entao perguntei pro guarda do terminal de passageiros do porto onde ficava a casa de banhos (em purtugueichi di purtugal!) e o guarda virou pra mim na maior cara de pau e me disse, em ingles, pra eu falar lingua de gente! Pode??????? Se eu nao estivesse tao apertado (depois dos 45 minutos da fila da alfandega...) eu teria dado um sabao nele: que ele nao era obrigado a falar portugues, mas que a lingua oficial de Macau era o Portugues e que ele nao precisava chamar minha linda lingua de lingua de bicho!!!!! Mas como eu tava a beira de me molhar, falei em ingles mesmo e segui correndo para o banheiro.....

Esse foi o truma numero 02.

Ainda ferido no meu orgulho lusofono, seguimos eu e o Matthew ( a Jo foi direto pra Bangkok) para o centro de Macau. No caminho fui me acalmando do choque, vendo que estavamos seguindo pela "Avenida do Doutor Rodrigo Rodrigues" passando pelo "Jadim de Sao Francisco" chegando finalmente na "Avenida da Praia Grande". Sim os nomes das Ruas sao todos em Portugues e mesmo os Chineses usam os nomes em Portugues. Ao Chegar no Centro, fiquei encantado com o que vi. Um cnetro Historico Portugues legitimo! Macau esta muito bem conservada e mantem sua arquitetura portuguesa inteirinha! Ja era quase hora do almoco, entao procuramos um restaurante Portugues.


Anibal

Achamos a "Casa da Comida", na Travessa de Sao Domingos. O o dono se chama Anibal, um portuges de Lisboa, que morou muitos anos em Sao Paulo e agora reside em Macau. Suas filhas fazem faculdade em Portugal, mas ele nao ve a hora de elas voltarem para "casa" e o ajudarem na administracao do restaurante, pois ele quer expandir o negocio.... Pedimos um peixe assado com batatas, mais portugues impossivel. O Matthew adorou o tempero, que tava perfeito, e nos seguimos na prosa com o Anibal. Quando estavamos quase terminando de comer, entrou uma senhora bem velhinha, mas ainda durinha, falando em chines com o anibal. O que ela dizia era algo assim:

--honcnhour fhuagdqiuw Filha da Puta! bviu fwefh waiehf kfkjwe vai te fuder anibal! cw efkiuwefgw esse lixo que cozinhas, Anibal! nvoihrfowhfolhweflhwaf weh Ah entao me da logo uma feijoada angolana de merda! voch fow3fih woefih we.

E olha que as partes que sao vherifhlwfh ske foram as que ela falou em chines. Eu nao me agunetei: rolava de rir, ate que ela percebeu e veio ate mim:

--Perdoe minha falta de educacao! Fico aqui falando em chines.... Me chamo Luiza Ganavarro Marques e sou filha de mae chinesa com pai portugues!


Luiza Canavarro Marquez


Que velhina espirituosa! Eu amei ela!!!!! Ela maneirou nos palavroes e me contoru um pouco do que eh vida em Macau para os descendentes de portugeses. Ela disse que sempre morou em Macau, mas que as coisas estavam mudando muito rapido: que depois da devolucao da colonia a China, a populacao de portugueses no territorio que era de dez mil diminuiu para apenas mil pessoas ( os nove mil que foram embora era todos funcionarios publicos.... lembra alguma coisa?), que a lingua portuguesa estava morrendo e que praticamente so se usava portugues em Macau para escrever placas Publicas, como os de nomes das ruas. Pedi para tirar uma foto com ela, ela aconcordou mas com a condicao que lhe enviasse uma copia. O que farei!


tudo amarelo....

Nos despedimos e seguimos para o roteiro turistico basico. Uma coisa que eu notei foi que os predios historicos sao quase todos pintados de amarelo bem clarinho. Um contraste forte com a profusao de cores dos casaroes de Sao Luis. Eles tem um forte bem bonito, com uma vista de 360 graus da cidade.


Descansando na maquina de matar gente. No fundo,
um garoto com uma camisa falsificada da Selecao brasileira...
na China tem pra vender em cada esquina e o povo usa muito....


Descendo o Forte, ha uma fachada de uma igreja que uma dia foi Jesuita, mas que depois da explusao da Companhia de Jesus do Imperio Portugues se transformou em deposito de polvora, e foi depois destruida por uma incendio (imaginem!!!!!!!). So ficou a fachada e as fundacoes.


Eu acho que vou abrir uma loja de tinta amarela em Macau....


A igreja de Sao Luis que pertencia ao Jesuitas eh a igreja de Santo Antonio, onde o falecido Joao Paulo II ficou hospedado em sua visita a Sao Luis e onde o Padre Antonio Vieira professou seu maravilhoso Sermao dos Peixes, joia da Literatura Luso-brasileira.


Largo da Companhia de Jesus--Ruinas de Sao Paulo


Este lugar noje se chama Ruinas de Sao Paulo, e fica no topo de uma escadaria, com uma vista bem bonita. A regiao em volta eh cheia de antiquarios, lojinhas de artesanato e de cacarecos chineses. Aqui eu nao comprei nada, a ano ser uma caneca de Macau para minha colecao de canecas das cidades que visito, e uma camiseta com a Fachada de Sao Paulo. O bairro eh bem charmosinho, mas nao achamos um unico cafe que se pudesse sentar na calcada.... acabamos tomando um refrigerante de maquina no meio fio mesmo.....

O resto de Macau fora do Centro Hostorico eh uma cidade grande chinesa tipica: predios altos, velhos, caindo aos pedacos, fachadas cobertas de limo, e fundilhos chineses expostos ao vento.... Eu imagino quantas cuecas e calcinhas ha para se expor num pais de 1,5 bilhao de pessoas.....

Depois da devolucao, Macau perdeu a mesada que Portugal mandava, que nao era muita... e teve que buscar outras fontes de renda: Encontrou: os Cassinos. Hoje, o territorio esta crescendo muito, a ritmo chines, ainda nao eh rico como Hong Kong, alias esta longe disso, mas cresce e rapido, movido a Yuans e Hong Kong Dollars que os vizinhos deixam nos cassinos. Ha uma regiao de aterro que esta crescendo muito, eu achei bem feinha, parece Taguatinga.... Que esta sendo ocupada por predios residenciais horrorosos e cassinos....

Eu fiquei muito triste por Macau estar deixando sua heranca portuguesa morrer, o lugar eh lindo, charmoso, e interessante. Mas a unica coisa de realmente diferente em Macau, e que a faz unico, eh o encontro das culturas chinesa e portugesa. Eles estao perdendo seu lado portugues, daqui a pouco, Macau sera apenas mais uma cidade chinesa, com uns cassinos, e no meio do restante do 1 bilhao e 500 milhoes.... nao vai se rnada de especial....


E Macau segue seu futuro....


Por isso escrevi aquele poema ruim, me desculpo pelo poema, nao por sentir a tristeza....

Ate Bangkok!




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Fui-me embora pra Macau




Fui-me embora pra Macau
encontrar-me com Portugal
Fazer-me portugues
falar-me portugues

Minha Patria bastarda
Minha terra nunca visitada

Sim: Sou filho de Portugal
Mas Portugal nao eh meu pai
Nem minha mae

Em Macau Portugal morre
lentamente
calmamente

sem sentir
sem se incomodar
por pura preguica
ou sera cansaco?

Portugal cansou-se
de ser grande
de ser nobre

Quer ser rico
quer ser Europa
Nao mais ultramar
nao mais ultrapassar--o sal
as lagrimas de Portugal

Me perdi em Macau
Perdi a esperanca
De o Brasil vir a ser seu ideal
Pois ja nao ha mais Portugal

Nao ha mais Imperio Colonial



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Os mid levels

Hoje vamos visitar os Mid Levels. "Que diabos eh isso Diogo?" Calma, calma pessoal, eu explico. Como eu ja disse pra voces, Hong Kong comecou em uma ilha, mas a cidade expandiu-se para a peninsula proxima, Kowloon. Mas como a area mais antiga e tradicional da cidade fica na Ilha de Hong Kong, junto com seu distrito financeiro e o centro da cidade propriamente dito, a pressao residencial sobre a Ilha sempre foi muito forte.


Mid Levels, vistos de baixo, do distrito financeiro. Reparem na ladeira....

O problema eh que alem de pequena, a Ilha eh dominada por montanhas altissimas e bem ingremes, que deixam apenas uma nesguinha de terra plana e baixa, a beira do litoral, para o porto e partes centrais da cidade. Mas a riquissima classe media, que trabalha no distrito financeiro nao gosta de morar longe, e foi construindo suas habitacoes nas encostas das montanhas. Issso gerou um dos bairros mais verticais do mundo: os Mid Levels de Hong Kong, chamados assim por ficarem a meio caminho entre o sope e os cumes das montanhas.


Uma ladeirinha basica dos Mid Levels,
reparem a esquerda que as calcadas sao degraus altos...
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Bem, o espaco fisico eh limitadissimo, entao eles construiram torres altissimas que chegam a setenta andares de apartamentos e essas torres foram se acumulando nas encostas... Eles descem seus 70 andares de elevador, andam uns poucos qurteiroes de ladeiras ultra ingremes ate suas torres de escritorios e depois sobrem os oitenta andares ate seus computadores nos escritorios. A distancia percorrida eh na verdade mais verticcal do que horizontal. Isso fazia com que, ao fim do dia, quando era necessario subir de volta pra casa, esses profissionais ultra qualificados geravam um rush que bloqueava as poucas e estreitas ruas dos Mid Levels com taxis, causando um engarrafamento descomunal e esvaziando o resto da cidade de taxis nesse horario, tudo para percorrer uns poucos quarteiros, mas subindo centenas de metros.....


Escadas rolantes nas ruas, placas em ingles e chines,
reataurantes, galerias, cafes e ruas estreitase ingremes: Os Mid Levels.


Por isso, o Governo de Hong Kong lancou um projeto pra la de arrojado: Decidiu construir um sistema de escadas rolantes publicas, instaladas nas ruas, que funcionam descendo de manha ate as duas da tarde e subindo dahi ate a madrugada.

Sao quilometros e quilometros de escadas rolantes funcionando 24 horas por dia e totalmente gratis! Aguns trechos ficam sobre o leito das ruas, outros ficam em passarelas suspensas, tudo para homogeneizar a topografia quase vertical dos Mid Levels.

Eu fiquei encantado com esse sistema de transporte de massas.... me deixou ainda mais convencido de que Hong Kong tem tudo a ver mesmo com a Los Angeles de Blade Runner, super ficcao cientifica.... O governo faz de tudo pras pessoas usarem mesmo as escadas rolantes, colocam ate mesmo maquinas de descontos nas areas elevadas das escadas rolantes: o maravilhoso metro de Hong Kong tem um cartao eletronico para se passar nas maquinas, assim nao se precisa comprar bilhete a cada viagem, a gente so carrega o cartao com creditos, tipo um celular pre pago. Eles poem maquinas que se a gente passa o cartao do metro nelas elas poem um pouquinho de creditos la... Nao sao apenas gratis, mas o governo paga as pessoas pra usarem as escadas rolantes!


Eu subindo, subindo, subindo.... a foto ficou tremida... mais uma vez,
a combinacao macabra de Matthew e camera digital...
mas eu gostei, deu uma ideia de movimento


Como sao habitados por uma classe media educadissima e riquissima, com dois pes no Oriente e dois no Ocidente, os Mid Levels se tornaram um ambiente perfeito para o desenvolvimento de um comercio ulta-charmoso, de pequenos antiquarios, lojinhas de frutas e verduras, galerias de arte, sapateiros, restaurantes de world food, alfaiates, barzinhos com tres mesas e que so servem cerveja irlandesa.... chiquerrimo, mas sem perder a cara de comercio local, pois aqui ninguem tem espaco pra fazer uma loja muito grande....

A regiao dos Mid Levels onde se concentra esse comercio tao charmoso nao poderia ter outro nome: Soho. E a rua prncipal do Soho se chama Hollywood Boulevard.... hehehehe nem parece que estamos na Asia, mas a mistura de ingles e cihines em TODAS as placas nos lembra rapidamente que estamos em Hong Kong.


meus cacarecos chineses


Eu comprei um monte de cacarecos chineses nos antiquarios: caixinhas de madeira, potinhos de ceramica, pratos de porcelana Ming, pedacos de tecido.... tudo coberto de desenhos e inscricoes em ideogramas chineses...vao ficar um charme nas minhas estantes quando eu voltar pro Brasil, mas, bem... como eu disse, um monte de cacarecos...

Bem, como eu e o Matthew chegamos na entrada dos Mid Levels no comeco da tarde, resolvemos (mui sabiamente) subir as escadas rolantes ate o final e depois ir explorando o bairro de cima pra baixo...hehehehe subir os Mid Levels a pe e descer de escada rolante ninguem merece....

Depois de muitas compras, chegamos ao meio da tarde morrendo de sede, por causa do calor tropical do Sul da China. Encontramos o Watsons Wine Cellar: uma mistura de boutique de vinhos e queijos com boteco e nao resisitmos: entramos e tomamos uma cerveja preta bem gelada vinda dos vales da Alemanha... claro tudo a precos de Soho.... O ambiente artistico me atacou e eu comecei a tirar fotos em preto e branco, crente que sou artista....hehehehe... mas podem ficar tranquilos, ja passou....



Mais tarde encontramos uma galeria que tava abrindo uma exposicao de fotos naquele momento: nao resistimos e entramos. A exposicao era sobre o efeito da especulacao imobiliaria sobre os Mid Levels, com a excessiva construcao de Mega-Torres de apartamentos que boqueiam o ceu e a circulacoa de ar. A exposicao protestava comtra o Governo de Hong KOng que autorizava a demolicao de predios historicos do cecente e maravilhoso periodo colonial ingles para a contrcao dos espigoes de 60 andares. Estava toda em chines e ingles eh claro, e havia gente la, tanto com cara de ocientais quanto de orientais. Nada mais Hong Kong... Alias, isso eh uma das coisas que mais me tocaram em Hong Kong: Aqui, a populacao de oriegm chinesa tem uma posicao social equiparada com os descendentes dos colonizadores, ainda que haja bairros com cara de China como Kowloon e outros com cara de Londres, como a Ilha. Olha que a colonizacao so acabou ha dez anos... Acho que nos tempos coloniais havia uma distincao entre os colonizadore se colonizados, mas hoje nao se ve mais esse abismo social entre os brancos de um lado e os mesticos de outro como no Brasil. Isso me deixou maravilhado.


Um inlges lutando pela conservacao de suas raizes chinesas....


Mais a noitinha me deu fome e paramos no El Taco Loco. Um charmosissimo restaurante mexicano numa das conexoes das escadas rolantes e entre duas galerias de arte. Entramos. Eu comi Enchiladas com Tortillas, numa porcao bem generosa e nao muito cara-HK$16,00- (fiquei cheio por seis reais, impossivel no Japao...). O Matthew ficou bem mais aliviado de comer comida limpa....hehehehe....


El Taco Loco, entre uma escada rolante e outra....

Amanha vamos a Macau: o lugar da Asia onde o Portugues eh lingua materna (mais ou menos....)

E pessoal: Comentem! Eu tambem mereco ouvir voces neh?

Abracao a todos.




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Hong Kong, dia 1



Os predios parecem palitos....
Oi pessoal!

Uma das coisas que mais impressiona em Hong Kong eh a forca com que tudo acontece la. Tudo eh intenso: os cheiros, as cores, os ruidos. Nao ha um centimetro cubico que nao esteja ocupado. O trafego eh insano, a publicidade eh enloquecedora. Se ha algo de sereno, calmo e equilibrado, com certeza nao esta em Hong Kong. O pais eh rico, com certeza, mas a aparencia eh meio encorticada, principalmente em Kowloon e em alguns distritos da Ilha, como Aberdeen. O albergue onde fiquei ficava em um predio chamado "sincerity house", ou a Casa da Sinceridade. Bem... eu acho que em Cantones isso deve soar menos engracado... Eram 15 andares, e os dois elevadores so iam para metade de cada andar: um ia do terreo aos andares pares e outro era para os andares impares. O meu quarto ficava no quinto andar, e a administracao do albergue ficava no oitavo. Eu tinha que descer de eelevador ate o terreo, chamar o outro e depois subir ate o quarto. Acho que isso era pra evitar que as pessoas usassem o elevador entre os andares proximos... bem funcionou comigo...hehehehe. O Predio era um cortico soh: em cada andar havia zilhoes de portinhas que davam para apartamentos minusculos e sem janelas... os cheiros eram intoxicantes: de temperos exoticos a merda...e eolha que as vezes a gente preferia a segunda.... a gente so via as saidas dos exaustores e as tubulacoes de arcondicionado saindo por todos os lados do predio.


O predio do meu albergue, um nojo.... hehehe eu adorei


O quarto do albergue era bem limpinho e novo, mas a gente tinha que tomar banho sentado no vaso sanitario com uma duchinha... hehehehe. Ninguem merece....

Eu e o Matthew largamos as coisas no albergue e saimos para explorar a cidade. O metro eh algo de excepcional, mas nao vou me prender nisso, pois Kowloon eh um lugar para ser percorrido a pe. O bairro foi construido na Peninsula, nos tempos ainda coloniais. Se percebe que eh mais destinado a polpulacao de origem chinesa do que aos ingleses e demais ocidentais. Uma coisa interessante que eu percebo nos chineses eh que eles nao se importam com a aparencia de algumas coisas que pra nos ocidentais sao muito importantes. Por exemplo: eles penduram as cuecas e calcinhas na janela dos predios, pratica maldita no Brasil.... Os predios ficam assim cobertos de roupas secando, um verdadeiro festival de fundilhos chineses...

Seguindo a linha desmazelo estetico, eles nao dao a minima parta a conservacao externa dos predios... os predios que se ve e que estao limpos e pintados, com certeza sao novos, pois eles nao dao a tradicional mao-de-tinta-para-o-natal que nos temos.

Mas sim, descemos Kowloon em direcao Sul, para encontrarmos a feira a ceu aberto que acontece todas as noites na regiao de um templo que nem com reza forte eu consigo dizer o nome. O templo eh feioso e vive fechado... mas eu ja vi tantos templos budistas que esse nem me pareceu inetressnate.... o legal foi a feira.


eu e minhas comprinhas basicas.... reparem nos predios ao fundo

Pensem numa Feira do Paraguai, entupida de bagulhos made in China, agora imaginem que estamos REALMENTE dentro da China, e multipliquem a bagaceira por onze mil setecentos de tirnta e seis: Esta eh a feira de camelo de Hong Kong. Um bagaca inimaginavel, barracas de falsas antiguidades chinesas, camisetas, calcinhas e sutias, cintos, jaquetas, tudo do mais "legitimo" Kalvin Klein, Diesel, Polo-Ralph Loren, Dior, D&G e Van Dutch eh claro.... Mas nao eh tao baratinho assim nao... eu acho que na China continental eh mais barato.... As barracas sao montadas no meio da rua mesmo, todas tem um teto bem alto, a gente entra nas barracas, algumas chegam a ter ateh ar condicionado! Muito maluco....

Havia alguma barracas com penis de borracha, fantasias de couro, e tanguinhas com um pescoco de girafa no lugar do Dito Cujo.... comico.... e os pais passeando com seus filhos numa otima, ao lado das barracas, pois elas ficam misturadas com todas as outras... acho que os orientais sao bem menos estressados com sexo do que nos do ocidente.... eles nao veem o sexo como algo sujo ou que deve ser escondido.... mesmo assim meio bizarro....


a mulher fritando nossas ostras no meio-fio....

Andando pela feira, achamos um restaurante copo sujo e resolvemos comer la mesmo... o retaurante era tao pequeno, que parte da cozinha estava instalada na calcada, com a panela de frituras fervendo e chiando no meio fio. Uma nojeira so! Eu entreguei minha alma a Deus e pedi um prato de fritada de ostras.... Sentamos numa mesa (no meio da rua eh claro) e comemos.... Eles poem em cima da mesa uma jarra cheia de cha fervendo ( o que me chocou nos 27 gruas de HK) uma tigelinha e um par de Hasshis (palitinhos chines para comer). A gente pega os palitinhos, poe em cima da tigelinha e derrama cha fervente para desinfeta-los. Depois pega o luquido da tigelinha de derrama no chao mesmo... afinal estamos na rua imunda de Hong Kong! O prato custou uns HK$ 16.oo (R$4,50). Estava uma delicia e era um porcao para umas tres pessoas.... Dia seguinte eu nao passei mal, mas o Matthew passou a noite toda botando os bofes pra fora.... hehehehe. Acho que meus genes brasileiros ativados por "Sorveeeet' Coooco" ainda estao ativos....


desinfetando os palitos hehehehe..... reparem na feira ao fundo

Dia seguinte, o Matthew, ainda traumatizado pela experiencia da noite anterior, pediu encarecidamente que agente achase um lugar decente pra tomar cafe... andamos um pouco e encontramos uma cafeteria que tinha um jeito meio Central Perk. O nome era "Buddies Cofee" numa referencia obvia a Freinds. Eu a-d-o-r-e-i! Me senti o prorpio Chandler tomando um cappuccino naquele lugar, falando ingles com vista para os arranha ceus da Ilha....


Se achando.... oh coitado.....

Pegamos um metro para a ponta Sul de Kowloon. Se tivessemos descido uma estacao a frente, teriamos chegado ja na Ilha, pois o metro passa por baixo do Estreito, mas preferimos atravessar em um dos baratos, frequentes e eficientes ferries que fazem o trajeto por 10 centavos de dolar. A vista do setor financeiro da Ilha nao poderia ser mais espetacular: Os arranha ceus de uma dos principais centros financeiros do planeta sao de tirar o folego.... alguns com mais de 80 andares.... altissimos.


ficou meio escura... o matthew nao eh muito bom com a camera...

Chegamos na Ilha, e cruzamos o Memorial Garden e o Parque Charter (sim! os nomes sao em ingles!) . Hong Kong eh um destino para milhares de mulheres filipinas que vaio ao territorio ganhar bem melhor como empregadas domesticas, meio ao estilo Interior-Capital, que vemos no Brasil.


familia filipina chegando para o piquenique,
detalhe: a camisa do cara eh "Lacoste" hehehehe...


Nao ha familia de classe media de Hong Kong que nao tenha sua empregada filipina. Elas se sentam em grupos nesses parques, fazendo piqueniques... sao centenas... todas mulheres e falando enlouquecidamente (eh claro...) em sua lingua, o Tagalo. O som que elas fazem eh interessantissimo... eh como um cacarejo, misturado com um glu glu gliu... muito doce e feminino... nao tem jeito, a gente tem que parar para ouvir.... Elas se escondem quando a gente ta com a camera... eu nao conegui tirar uma foto legal delas... mas da pra ve-las la no fundo...


da pra ver umas poucas delas la no fundo.... (mais ou menos...)

Saindo do parque, subimos uma ladeira super ingreme e encontramos o parque central de Hong Kong, onde comemos no MIX, uma casa de sucos ultra charmosa, com vitaminas deliciosas e tortas que nao sao ruins....

Depois visitamos o museu do Cha Chines... uma graca.... Eles tem um museu so para o cha... mas de fato, eles tem muito no que mostrar pois nos cinco mil anos de Historia da China, cada periodo teve seu cha, cada dinastia tinha seu sabor e sua etiqueta e seu modo de preparo....


Dinastia Tang (adorei o nome...) 618-907 D.C.


Bem interessante ver as tecnicas de porcelana e ceramica e as varias maneiras de preparar cha.... O museu fica num predio Vitoriano, mas esta repleto com uma colecao de ceramica chinesa... interessantissimo.


onde o oriente encontra o ocidente

Seguimos depois para os Mid Levels... Mas esses ficam pra amanha... sao interessantes demais ... merecem um post so pra eles....

Ate amanha!



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Pela Primeira vez na China

E ahi pessoal? Depois de um longo e quente verao, estou de volta a Nagoya. Meu primeiro dia de volta em casa foi dedicadoa pagar contas, checar minha situacao academica desesperadora na uni e lavar roupas, pois eu ja nao tinha mais nem cuecas pra vestir... hehehehe

Mas minha viagem a China e a Tailandia foi maravilhosa. Como tenho zilhoes de coisa spra contar e mostrar, vou fazer uma novelinha, ao estilo da postagem sobre Hiroshima ok?

Pra comecar, um pouco sobre meu primeiro destino: Hong Kong.

Hong Kong era um porto de pescadores no sul da China quando os ingleses ali chegaram. Diante da dificuldade de conquistar o imenso imperio chines e da promessa de lucors fabulosos com o mercado da China. Praticos como sao, eles decidirm que so iriam colonizar um pedacinho minusculo de terra, que serviria como plataforma de comercio entre a China eo Imperio Ingles.

O resultado nao poderia ter sido melhor, tanto para os ingleses quanto para Hong Kong. Um territorio minusculo, mais ou menos tres vezes a ilha de Sao Luis, Chamado de Porto Cheiroso pelos chineses, o enclave prosperou como cnetro internacional de comercio e financas por tres seculos.

Centro de prosperidade para a Asia, hong Kong eh hoje um territorio riquissimo, tanto em grana quanto em cultura. Um lugar que me maravilhou desde o primeiro olhar.

Devolvido a China Comunista (pero no mucho) em 1997, Hong Kong continuou sua trajetoria de prosperidade financeira, pois nao foi intretada realemtne ao territorio chines, mas foi estruturada como Zona Administrativa Especial, o que significa que ainda que sob soberania do Imperio do Meio, todas as decisoes importantes e relevantes para a vida do territorio sao tomadas localmente, assim, os cidadaos de Hong Kong aind afalam na China como "La na China" e para viajar para hong Kong, os demais chineses precisam de passaporte e alfandega.

A primeira coisa que se faz notar ao chegar em Hong Kong pelo seu modernissimo aeroproto Marco Polo, alem da modernidade e imensidao do terminal de passageiros e do fantastico trem Aiport Express eh que aqui todos falam ingles com uma perfeicao Elizabetana. O spredios sao altissimos e bem fininhos, mesmo os residenciais, deixando a cidade com uma cara de paliteiro pos moderno.


eu no pier de Kowloon, com a Ilha de Hong Kong ao fundo

O Territorio eh composto d ema peninsula e varias ilhas. O nucleo original da cidade fica na principal ilha: Ilha de Hong Kong. A segud aparte mais importante ( e a mais interessante) da cidade fica na peninsula: Kowloon. Nao ha pontes entre a Ilha e Kowloon mas varios tuneis de carro e metro. Tambem se atravessa o Estreito Perfumado de barco (rapidos e baratos).

A Ilha de Hong Kong eh onde fica o Distrito Financeiro, os arranha-ceus mais fantasticos, as areas mais antigas e Soho, o bairro mais charmoso da ilha. A cara da cidade deste lado eh de uma metropole de Primeirissimo mundo, com arranha ceus reluzentes, carros de luxoe as silgelas placas das sedes de bancos e empresas basicas como Citibank, Hitachi, HSBC, Mitsubishi, Toyota, e coisa e tal...


uma esquina em Aberdeen, na Ilha

Kowloon, na peninsula, eh outra historia. Puro caos. Congestionado, entupido de gente, com predios velhos caindo aos pedacos, e ond enao se ve o ceu. Os letreiros lumisos cobrem as fachadas sijas e deterioradas, passam de um predio ao outro, atravessando de um quareirao a outro. Literalmente cobrem a rua. A Los Anleges do filme Blade Runner, um classico da ficcao cientifica foi inspirada na paisagem de Kowloon.


letreiros

Kowloon eh puro estimulo: estimulos visuais com a excessiva publicidade: estimulos auditivos com o ruido ensurdecedor do transito infernal, estimulos tateis, pois as calcadas sao tao cheias que eh impossivel andar na rua sem se esfregar na multidao. Alem de, eh claro os estilumos olfativos: Hong Kong fede. Mil fedores de tempreos chineses, fumaca dos onibus, e bebidas servidas no caos das ruas fazem com que Hong Kong tenha uma cheiro forte caracteristico. Mesmo sendo um conjunto de mil fedores, esse fedor de Hong Kong eh ate interessnate e traz um que de harmonico com o clima da cidade.



Kowloon

Credo escrevi demais. Amanha continuo, mostrando a cidade em mais detalhes, e nao se esquecam: ainda temos Macau e Bangkok para ver!

Ate mais e comentem!



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